quarta-feira, 18 de junho de 2008

Xógum

CLAVELL, JAMES. Xógum – A gloriosa saga Do Japão. Rio de Janeiro: Nórdica, s/d

Inícios do século XVII. Um navio inglês naufraga nas costas do Japão. O piloto, John Blackthorne, sobrevive – mas é capturado por japoneses, e se torna uma peça num estranho jogo de poder, em que se confrontam clãs comandados por Daimios adversários, padres jesuítas, comerciantes e piratas de várias nacionalidades – portugueses, espanhóis, holandeses.

Orquestrando o conflito está Toranaga, um poderoso senhor feudal que tem altas ambições e grandes estratégias de guerra em mente. Blackthorne, que passa a ser chamado de Anjin-san, consegue se manter vivo em meio à intriga, apesar dos vários inimigos que angaria, e inicia então uma viagem de conhecimento em que sua cultura européia puritana se debate com a milenar cultura oriental. Não apenas a língua, os costumes, a alimentação e a vida familiar são totalmente opostas ao que ele conhecera; mas o próprio Japão se transforma, os jesuítas estão se alastrando, espalhando a fé cristã nas terras japonesas, e combatendo costumes milenares como a prática do seppukku, o suicídio ritual.

Personagens inesquecíveis povoam esta saga épica, que mostra como a intriga política levou à instituição do Shogunato, ou Xogunato, na Terra do Sol Nascente. Blackthorne, Toranaga, a bela e trágica Mariko e muitos outros revelam esse choque de culturas repleto de samurais e de poemas compostos em meio à guerra e à morte.

Trecho: "Blackthorne esperava no jardim. Agora usava o quimono marrom que Toranaga lhe dera, com espadas ao sash e uma pistola carregada, escondida também sob o sash. Através das apressadas explicações de Fujiko e subseqüentemente pelos criados, aprendera que tinha de receber Buntaro formalmente, porque o samurai era um importante general e
hatamoto, e era o primeiro hóspede na sua casa. De modo que tomara um banho e trocara de roupa rapidamente e se dirigira ao local que fora preparado."

Resenha de Rosana “Shelob”, que é membro da Toca SP do CB desde 2001.

Nenhum comentário: